29.9.10

Centro de Interpretação de Mapungubwe | Arq. Peter Rich


Centro de Interpretação de Mapungubwe, da autoria do arquitecto Peter Rich



O Centro de Interpretação de Mapungubwe, da autoria do arquitecto Peter Rich, é o grande vencedor dos Earth Awards 2010 (Prémio da Terra), na categoria Arquitectura, que visa promover e inspirar uma nova economia e novos consumidores no mundo inteiro. Aqui, ecologia é entendida como promoção e melhoria do meio ambiental e social, aspectos indissociáveis para uma economia mais consciente do valor da natureza e das pessoas. 

The Repercussions of Israel’s Cast Lead Operation for the Future of its Occupation of the Palestinian Territories


Entre 29 de Setembro  e 1 de Outubro estará em Portugal o professor Norman Finkelstein. Polémico especialista na problemática do Médio-Oriente, Norman Finkelstein  dará uma conferência em Lisboa e outra no Porto, devendo orientar um seminário em Coimbra.

Em Lisboa, Norman Finkelstein apresentará uma conferência intitulada «The Repercussions of Israel’s Cast Lead Operation for the Future of its Occupation of the Palestinian Territories», a 29 de Setembro na Escola Secundária Luís de Camões, às 18.30. A mesma conferência será levada ao Porto no dia 30 de Setembro , às 18 horas, na Cooperativa Árvore. A 1 de Outubro Norman Finkelstein conduz a partir das 11 horas,  na sala T2 do departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia, o seminário «Myths and Realities of the Israel-Palestinian Conflict».

São promotores das conferências e do seminário a Comissão Portuguesa  de Apoio ao Tribunal Russel para a Palestina, o Grupo de Acção Palestina, o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, o Sindicato dos Professores do Norte, a Fundação Mário Soares e o Centro de Estudos Sociais.


Nota biográfica: Norman Finkelsten é um estudioso internacionalmente conhecido de temas que dizem respeito ao Sionismo, a Palestina e a ocupação israelita dos territórios palestinianos. É autor de vários artigos e livros com muito interesse nesse campo e é conferencista activo a favor dos direitos políticos e humanos do povo palestiniano e contra a ocupação israelita. Judeu americano, filho de sobreviventes do Holocausto, Finkelstein aplica um humanismo universalista radical e consistente à sua crítica da ocupação israelita e dos seus apologistas.

A sua crítica implacável da ocupação e dos seus apologistas tem-lhe custado muito, tendo a recusa da DePaul University em conceder-lhe emprego sido o resultado de intervenções sem precedentes e pressões notórias do lobby sionista (nomeadamente de Alan Dershowitz).

A vida e o trabalho do Finkelstein também foram objecto de um documentário com o título “American Radical”.

O seu livro mais recente, «This Time We Went Too Far: Truth and Consequences of the Gaza Invasion» (OR Books, New York, 2010) é uma análise crítica do massacre perpetrado em Gaza de Dezembro 2008-Janeiro 2009 da Operação Chumbo Derretido. O seu livro The Holocaust Industry (A Indústria do Holocausto, traduzido para o português no Brasil pela editora Record, 2001) analisa criticamente as várias formas de aproveitamento oportunista pelo Estado de Israel e os seus apologistas da realidade do Holocausto para encobrir os crimes reais cometidos pela ocupação aos palestinianos.

Para mais, podem ver o seu website em http://www.normanfinkelstein.com/


via Centro Estudos Sociais (CES) 


CONFERÊNCIA
Norman Finkelstein - "The Repercussions of Israel’s Cast Lead Operation for the Future of its Occupation of the Palestinian Territories"
 
QUA 29 DE SETEMBRO
Escola Secundária Luís de Camões, Praça José Fontana - Lisboa
18h30 · Grátis  
 
QUI 30 DE SETEMBRO
Cooperativa Árvore, Rua Azevedo de Albuquerque, Miragaia - Porto
18h00 · Grátis 
 
SEX 1 DE OUTUBRO
Sala T2 do Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia - Coimbra
Seminário "Myths and Realities of the Israel-Palestinian Conflict"
11h00 · Grátis 

26.9.10

Integral da obra de Fryderyk Chopin


Para homenagear a vida e a obra de Fryderyk Chopin, de quem se celebra o bicentenário do nascimento em 2010, Artur Pizarro vai apresentar, ao longo de toda a Temporada 2010/2011, uma série de nove recitais em que irá interpretar a obra completa para piano solo do compositor.

CCB
30 Set 2010 - 21:00
M/12 ANOS

PEQUENO AUDITÓRIO – SALA EDUARDO PRADO COELHO

PREÇO 12,5€

DESCONTOS (para bilhetes adquiridos no CCB)Desconto de 25% para menores de 25 anos e maiores de 65
5€ – estudantes e profissionais de espectáculos (n.º limitado de bilhetes)
Desconto de 20% para grupos de 10 a 50 pessoas

on criticism

"My contribution to the formation of a new cinematic language is a matter that concerns critics. And not even today's critics, but rather those of tomorrow, if film endures as an art and if my films resist the ravages of time."

Michelangelo Antonioni

22.9.10

M.A.U. - Backseat Love Songs



Os portugueses M.A.U. (Man And Unable) efectuam hoje um concerto de lançamento, do seu 3º álbum, no ecléctico Music Box em Lisboa. Dentro de um género electro/new wave, o colectivo constituído por Luis F. de Sousa (Voz, Sintetizador, Programação), Nuno Lamy (Sintetizador e Baixo), Pedro Oliveira (Guitarra), Eliana Fernandes (Sintetizador e 2ªVoz), Alex Zuk (Bateria),  faixas porta-estandartes deste "Backseat Love Songs" como "Toboggan" ou "Yoyoyoyo", prometem incendiar as pistas de dança. Para comprovar esta noite.

para prévia audição, consulta de sítio próprio e demais interacções com a banda:


MÚSICA
QUA 22 DE SETEMBRO
Music Box, Cais Sodré - Lisboa
22h30 · Grátis 

21.9.10

O Síndrome de Estocolmo II



(continuação)



Tony Judt, eminente historiador recentemente falecido em Agosto passado, no seu último livro "Ill Fares the Land" [a ser editado em português pela Editora 70 no último trimestre do ano - em inglês já disponível no país] tentava alertar precisamente para esta questão, sugerindo uma defesa radical da social-democracia e do estado previdência por parte das novas gerações. Para o mesmo, ideias de pertença em comunidade e a existência de mecanismos de solidariedade, sustentáculo baluarte do modelo social europeu e indutores de maior igualdade em termos societais, tinham sido progressivamente destituídos por uma crescente individualização que acabou por gerar uma maior desigualdade, redundando numa maior sensação de insegurança e medo. Com isso, quebrou-se um ciclo virtuoso que o mundo ocidental viveu até meados da década de 70.

Obviamente, Judt defende um modelo mais igualitário, sem que no entanto belisque a liberdade individual [apoiando-se largamente em muitos estudos efectuados em países da OCDE sobre igualdade do livro "The Spirit Level - Why Equality is Better for Everyone" de Richard Wilkinson e Kate Pickett]. Mas a ideia de Estado enquanto actor central da vida colectiva, intervencionista, mas nada totalitário, à semelhança do New Deal ou do sistema alemão, é algo que o autor assume como necessário. Para o mesmo, em contextos de maior depressão económica, o Estado pode constituir a última membrana de protecção para o indivíduo.


Daí a necessidade de identificar as causas que levaram a esta erosão. Daí a necessidade de recuperar argumentos que rebatam uma visão estritamente economicista da sociedade. Daí a necessidade de recuperar um certo argumentário que se julgava perdido para contrapor ao discurso imperante nos últimos anos. Judt e a sua geração, acabam por ter sido os grande beneficiários de todos estes ganhos, sendo igualmente legítimo referir que muito provavelmente a minha geração, será a primeira que viverá tendencialmente pior que os seus pais.


Hoje em dia, todos estes conceitos têm sido postos em causa. A forte desregulação de mercados e a crescente erosão do poder dos Estados face a outras entidades económicas, é deveras real e em parte explica toda esta situação.



Face à falência dos sistemas de previdência, olhando às condições e premissas sobre os quais foram criados, urge incentivar uma rápida reflexão sobre o caminho a seguir, procurando preservar as boas valências do mesmo. Ainda que os sistemas sejam diferentes de país para país - devido a contextos histórico sócio-culturais, o debate acaba por ser o mesmo seja na Suécia, seja em França onde as greves ocorrem - com reivindicações que muito provavelmente não farão sentido- seja no nosso país, onde em minha opinião um projecto de revisão constitucional desvirtua o princípio de igualdade e livres condições de acesso a bens para a devida realização pessoal, que o Estado deveria facultar. É verdade que o nosso estado previdência não é perfeito, não está isento de falhas, nem é de longe sustentável. Mas foram inegáveis as suas conquistas. Assim como faz todo o sentido, num dos países mais desiguais da Europa Ocidental, repensar o mesmo.

Ainda que tendencialmente torça o nariz às propostas apresentadas - que supostamente não "acabarão" com o Estado Previdência, mas na prática todos já estão a ver que levarão a um consequente sub-investimento no sector público, em prol do sector privado, e aqui é uma questão ética: aos privados, por muito boa vontade que possuam, movem-se por uma questão de lucro; ao Estado deve mover a prossecução e defesa do interesse público e dos seus cidadãos - saúdo ainda assim o levantar da questão. Isto porque obriga que o outro lado possa recuperar o seu argumentário. E obriga a um repensar de um modelo que é neste momento manifestamente insustentável nestes moldes.


Aires Gouveia


[publicado em simultâneo no Bobina Desbobina] 


O Síndrome de Estocolmo I

 foto: Márcio Barcelos


O Síndrome de Estocolmo é o nome dado a um estado psicológico particular desenvolvido por pessoas que são vítimas de raptos, manifestando-se normalmente por uma simpatia ou tentativas da vítima em se identificar com o raptor. 

Tendo estado no poder na Suécia em 65 anos, nos últimos 78 anos, os sociais democratas sofreram uma segunda derrota consecutiva pela primeira vez desde a década de 30. Tido frequentemente pela esquerda como o país modelo do Estado Providência, a derrota da coligação que integrava os sociais-democratas, tidos como os guardiãs deste modelo, suscitou várias reacções e interrogações dos mais variados quadrantes, havendo quem já indique que este é meramente um indício do fim de uma era, vislumbrando alguns o fim do chamado Modelo Social Europeu.

Baseando o modelo numa elevada carga fiscal, sustentando um sistema proactivo com serviços públicos de excelência que acompanham o cidadão durante toda a sua vida [o chamado "from cradle to grave"], este país, através da acção em espacial do antigo primeiro ministro Olaf Palme, combinou este sistema com uma economia de mercado bem liberalizada.

Poderia efectuar uma contextualização histórica mais extensa, afinal de contas, todo este processo foi gradual e a própria criação e maturação do modelo assentou na adopção precoce de medidas de previdência, algo aceite por ambos os lados do espectro político, assim como a existência de uma estreita relação entre uma forte sindicalização da população e a adopção de vias dialogantes com o poder vigente, redundando num modelo societal com altos níveis de solidariedade e senso de comunidade, mas importa reter que neste momento a Suécia é o país do mundo com a maior taxa de população que é possuidora de acções - cerca de 25%. Mais, se adicionarmos a propriedade de algum fundo de investimento ou de pensões, esta taxa dispara para os 80% da população.

Daí que o título deste texto - que retirei do editorial desta segunda feira no Guardian - faça todo o sentido. Num modelo altamente protector, mas dispendioso, e com uma economia de mercado altamente liberalizada,  a população sueca, que pelos padrões acima pode-se considerar abastada, acabou por ficar com pulsões mais individualistas e Torbjörn Nilsson, jornalista do semanário sueco Fokus, num artigo antes das eleições, prevendo uma vitória do bloco de centro-direita, questiona-se se "será que o conceito de ética no trabalho [tão afecto ao modelo anglo-saxónico] se sobrepôs ao da igualdade solidária?".

Esta poderia ser uma leitura algo simplista - afinal de contas há mais factores que ajudam a explicar a derrota dos sociais-democratas suecos, entre os quais um primeiro mandato do bloco de centro-direita que pouco ou nada mudou o modelo social vigente, quer a capitalização do descontentamento de franjas da população face ao desemprego crescente, num país onde 14% da população é imigrante, explicando assim a rápida subida da extrema-direita dos Democratas da Suécia - mas levanta-nos uma série de questões, que remetem-nos em alturas de crise, para o questionar da própria sustentabilidade económica de sistemas solidários de previdência como os europeus - que entre si já são algo díspares, isto numa altura em que as condições demográficas e económicas que os proporcionaram se alteraram radicalmente. Que reformulações e adaptações possíveis sem que se perca este vínculo comunitário?(continua)


 Aires Gouveia


[publicado em simultâneo no Bobina Desbobina] 

19.9.10

Severiano Mário Porto

Circulação coberta, ponto de encontro e convívio comunitário da Aldeia SOS do Amazonas, Manaus, 1994Foto Mirian Keiko Ito Rovo


Integrando as gerações de arquitetos que vivenciaram de perto o início do processo de difusão do modernismo na arquitetura brasileira, Severiano Porto, formado em 1954 pela faculdade de arquitetura da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, optou por trabalhar em Manaus, onde construiu uma arquitectura própria - a um só tempo moderna, regional e... contemporânea.


in Arquitextos


Poderão muitos dos trabalhos do arquitecto brasileiro Severiano Mário Pinto serem pensados e analisados como exemplos extremos da adaptação da arquitectura ao meio envolvente, ou estaremos apenas perante uma valorização da potencial simbiose entre meio-ambiente e Homem?

[a "Europa" dos direitos do homem]


(…) E não torna, porque há outra face em que a política de Sarkozy se aproxima e até às vezes se confunde com a política de Hitler. Não é por acaso que a França resolveu escolher os ciganos como objecto do seu rigor e não escolheu, por exemplo, os portugueses. Os ciganos são uma minoria étnica vulnerável e não têm um Estado que os defenda, e os portugueses não são e têm o mais velho Estado da Europa, ainda por cima membro da UE, para falar por eles. Promover colectivamente um pequeno grupo de “estranhos”, sem protecção, a bode expiatório de uma crise grave e à superfície irresolúvel é uma antiga técnica do populismo, que Sarkozy (como Hitler) não hesitou em usar. Só que, por força, ela estabelece sempre sem exame uma culpa colectiva e aponta ao cidadão comum os “culpados” de um “crime” imaginário.
Qual é o verdadeiro “crime” dos ciganos? Em primeiro lugar, a “raça” (uma noção mais do que ambígua). Em segundo lugar a cultura, que, neste caso, incluiu o nomadismo. E, em terceiro lugar, a recusa de se “integrar” na sociedade francesa, presumindo que existe um único modelo de “sociedade francesa”. Ora, como muitas vezes já se verificou, estas três “razões” levam directamente ao ódio e à perseguição. E aqui Viviane Reding não se engana, a II Guerra mostrou a que extremos pode chegar e com que rapidez se pode espalhar o estigma imposto por uma autoridade nacional a uma minoria étnica. Berlusconi já permitiu 315 “intervenções” do Estado em acampamentos de ciganos. Pior ainda, consta que a santificada Angela Merkel se prepara para expulsar 12.000. Onde fica nisto e para onde vai a “Europa” dos direitos do homem?
Vasco Pulido Valente, in Público

16.9.10

Rhythm 10


Marina Abramović - Rhythm 10 (The Star, 1999)

A artista sérvia-montenegrina Marina Abramović será muito provavelmente a artista contemporânea mais extremista e polémica nas abordagens dos conceitos de performance e na exploração dos limites do seu corpo e das reacções do público.

As suas inúmeras e diversas performances insistem nos conceitos de ritual e gesto, mas também de violência e passividade. Obras clássicas como Rhythm 10, Rhythm 5, Rhythm 2 e Rhythm 0, são apenas alguns dos exemplos extremos, mas paradigmáticos, desse trabalho. A sua mais recente criação - The Artist is Present ,uma performance onde se apresentou estática durante 736 horas e 30 minutos, foi apresentada durante a colossal exposição que o MoMA lhe dedicou no presente ano.

Perante a obra de Abramović surgem sempre algumas dúvidas, mas também muita polémica, sobre o os limites da criação artística. Se a arte é muitas vezes levada ao extremo, com rupturas conceptuais violentas, não é menos verdade que ela é também por vezes reflexo dos seus tempos. Será Marina Abramović uma extremista artística ou apenas um retrato fiel desta nossa contemporaneidade?

Sagrada Família

Depois de termos um número dedicado ao Sagrado, em Março deste ano, onde um dos artigos era sobre a peça de teatro "A Louca, o Médico, os Discípulos e o Diabo", o PROJECTO10 recomenda a mais recente criação de Jacinto Lucas Pires, que aborda também a religião, a política, o poder, etc.

Pedro e Maria estão desempregados e o Filho tem pesadelos com o mundo. Para resolver os dois problemas, Pedro tem a ideia de começar uma religião. Miraculosamente, a micro-empresa familiar torna-se um sucesso, mas os pesadelos continuam. Pulsões estranhas, palavras novas, imagens apanhadas do ar por um Filho sem idade e sem nome. Talvez a coisa só vá lá com acção. Talvez a religião tenha de descer à terra. Talvez seja preciso entrar na política. Será que Pedro vai conseguir? E Maria? E o Filho? E os outros? E nós? Sagrada Família é a nova peça de Jacinto Lucas Pires: uma história de amor, desejo, religião, política. Isto é, poder. Com esta encomenda (co-produzida pelo Teatro Viriato), a Culturgest quis proporcionar ao autor tempo para escrever sem equipa artística definida nem a pressão de uma data de estreia, assim como oportunidades para discutir o seu trabalho em progresso. Catarina Requeijo, que já tinha sido a actriz de Coimbra b, estreia-se na encenação.

in Culturgest

TEATRO
DE QUI 16 A SÁB 18,
DE SEG 20 A SÁB 25
DE SETEMBRO
Pequeno Auditório
21h30 · Duração prevista: 1h30 M12 · 12 Euros · Jovens até aos 30 anos: 5 Euros

14.9.10

de Cuba a França: as viagens duma palavra

Pode apenas uma palavra conter tão díspares e opostas interpretações como extremismo? - é a questão que se coloca no mais recente número do PROJECTO10.

Fidel Castro - essa figura histórica do século XX - que esteve desaparecido dos palcos principais da política internacional, parece agora renascido e multiplica-se em declarações, algumas das quais bem polémicas. No seu site de partilha de reflexões Cubadebate - contra el terrorismo mediático,  a questão da expulsão dos ciganos em França é assunto de destaque. Mais do que isso, Fidel questiona a coerência das posições da politica externa francesa e a existência do seu poderio nuclear, como se pode ler:

De repente, mientras escribía esta Reflexión, recordé que Francia es la tercera potencia nuclear del planeta, y que Sarkozy tenía también un maletín con las claves para lanzar una de las más de 300 bombas que posee. ¿Acaso tiene algún sentido moral y ético lanzar un ataque sobre Irán, al que condenan por la supuesta intención de fabricar un arma de este tipo? ¿Dónde está la cordura y la lógica de esa política?
Supongamos que Sarkozy de repente se vuelve loco, como parece ser que está sucediendo. ¿Qué haría en ese caso el Consejo de Seguridad de Naciones Unidas con Sarkozy y su maletín? (ler o resto)

Portanto, temos perante nós um cenário onde um reconhecido político de um não menos conhecido regime "extremista" põe em causa as acções do presidente da República de uma das principais potências ocidentais. Tem Fidel Castro razão nas suas críticas? Não é injusto e incoerente da parte de quem persegue os adversários políticos internos? Será o caso da expulsão do povo rom de França a última estocada nas ambições de Sarkozy renovar o seu mandato?

EXTREMISMO



Realização e Montagem: João Manso
Imagem e Direcção de Fotografia: Armanda Claro
Áudio: Zé Pedro Alfaiate

Manifesto

PROJECTO10 é uma revista digital que procura reflectir sobre questões actuais e intemporais. PROJECTO10 é vontade de partilhar a nossa errância. PROJECTO10 pensa-se à luz de uma contemporaneidade onde o tempo e o espaço já não o são. PROJECTO10 é teoria e prática. PROJECTO10 é da academia e da rua. PROJECTO10 é sinestesia e cacofonia. PROJECTO10 é arte e entretenimento, arquitectura e design , sociedade e politica , ciências sociais, espaço criação. PROJECTO10 tem ensaio, poesia, prosa, teatro, fotografia, ilustração, vídeo, música, passado e futuro. PROJECTO10 é um piano de 36 dias. PROJECTO10 é apenas isso, um projecto para 2010.